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Ingmar Bergman |
Livro que narra à biografia do dramaturgo e cineasta sueco Ingmar Bergman desde a infância, até suas experiências como diretor de cinema e teatro, sem seguir os fatos em uma linha cronológica, a obra funciona como uma espécie de diário que divaga pelas experiências e pelas memórias do autor.
O prefácio do livro é escrito pelo também diretor de cinema Woody Allen, que demonstra grande admiração pela obra de Bergman, e em seu texto de abertura do livro, convida o leitor para o universo do artista brilhante e cheio de controversas em sua vida e carreira.
Bergman faz uma grande reflexão dos momentos de sua vida, cada passagem é carregada por certo ar de nostalgia, transformando toda a narrativa do livro em algo extremamente visual, com descrições de pessoas, ambientes, e objetos de uma forma um tanto quanto romântica, como por exemplo, a passagem na qual ele descreve a “Lanterna mágica”, uma maquina de projeções de filmes, que havia ganhado na infância, o que despertou nele desde cedo o amor pela arte da imagem em movimento. Bergman descreve com ternura os momentos que se escondia em um guarda roupas, para poder ligar o aparelho e assistir as imagens sendo projetadas no escuro e sozinho.
Bergman também fala do relacionamento difícil que tinha com o pai, um pastor, conservador e autoritário, de certo modo esta relação acabou refletindo e trazendo muitas características em seu trabalho, desde criança ele passou a questionar a igreja, a família tradicional patriarcal e os costumes da burguesia.
Bergman também fala do relacionamento difícil que tinha com o pai, um pastor, conservador e autoritário, de certo modo esta relação acabou refletindo e trazendo muitas características em seu trabalho, desde criança ele passou a questionar a igreja, a família tradicional patriarcal e os costumes da burguesia.
O livro também aborda questões relacionadas a carreira profissional de Bergman, desde a preparação e seu relacionamento com o lenço de suas produções, até detalhes da produção de seus filmes, o de peças de teatro, e ainda problemas burocráticos como prestações de contas ao governo, e pagamentos de impostos.
Um traço interessante no livro são as discrições das pessoas, fazendo parecer que se trata de uma conversa sincera que o autor tem com os leitores, a discrição dos pais, irmãos, e os amores que teve ao longo da vida, onde são detalhados traços de personalidades, e até mesmo defeitos que incomodavam Bergman, nas pessoas com as quais convivia, revelando vários aspectos da sua própria personalidade, e trazendo ao publico facetas de um artista irreverente, que deixou sua marca na história do cinema mundial.